Seis mandados de prisão e 12 mandados de busca e apreensão são cumpridos nesta quinta, um deles em mansão avaliada em R$ 30 milhões que teriam sido desviados no esquema.
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Operação realizada em Minas Gerais e no Rio de Janeiro na manhã desta quinta-feira (12) combate crimes de sonegação que podem somar R$ 200 milhões. Um grupo de empresários do ramo de alimentos com atuação nas Centrais de Abastecimento (Ceasa) de Contagem, em Barbacena, em Varginha e em São Paulo é investigado na ação, batizada de “Demerara”.
São seis mandados de prisão e 12 de busca e apreensão a serem cumpridos em várias cidades mineiras e em Araruama (RJ), contra empresários do ramo de alimentos com atuação na Ceasa.
Um dos mandados foi cumprido numa mansão avaliada em R$ 30 milhões, em Nova Lima, na Grande BH, construída, segundo a investigação, com recursos obtidos com sonegação.
A força-tarefa que deflagrou a Operação Demerara é formada pelo Ministério Público de Minas Gerais, Receita Estadual e Polícia Civil do estado.
De acordo com o Ministério Público, estes empresários são suspeitos de cometer crimes contra a ordem tributária, falsidade ideológica, associação criminosa e lavagem de dinheiro.
Segundo as investigações, os crimes aconteceram entre 2001 e 2017. Neste período, o grupo empresarial, composto por mais de 10 empresas, teria sonegado R$ 200 milhões em Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devidos ao estado de Minas Gerais.
O esquema funcionava com a compra de notas fiscais frias no mercado negro e as usava para diminuir o valor mensal do imposto.
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), esta organização criminosa é formada por pessoas ricas, bem instruídas e orientadas por especialistas. Os investigados teriam construído um grande grupo econômico com empresas de distribuição de alimentos, principalmente açúcar. Daí o nome da operação “Demerara”.
Ainda de acordo com o MP, dois irmãos são os chefes deste grupo, que se utilizaram de “laranjas” para constituir as empresas atacadistas e, desta forma, proteger o patrimônio pessoal.
Há ainda a suspeita de que eles coagiam empregados para que eles emprestassem seus nomes para que essas empresas fossem constituídas.
Um dos sócios usava parte dos recursos obtidos com a sonegação fiscal para construir uma mansão em um loteamento em Nova Lima, cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. O imóvel está avaliado, atualmente, em R$ 30 milhões.
Quatro promotores de Justiça de Minas Gerais, 40 auditores fiscais da Receita Estadual, seis delegados e 52 investigadores da Polícia Civil participam da operação.
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